Não
olhei para trás enquanto subia as escadas com pressa e não conseguia controlar
a risada. Por um momento imaginei aquela cena de fora, se ele estivesse
correndo atrás de mim seria ainda mais engraçada. Os dois sem roupa, subindo as
escadas como duas crianças... Abri a porta do meu quarto e quando ia fechá-la
senti a força de Josh contra ela, abrindo-a e fazendo com que eu desse alguns
passos pra trás. Eu ainda sorria e ele também, com as bochechas vermelhas
ainda. Corri para a minha cama e sentei, me cobrindo com os lençóis.
-
Não lembrava que era assim... – Ele falou enquanto encarava o quarto todo, de
cima a baixo.
-
Claro, você estava mais do que bêbado da última vez que esteve aqui dentro – Eu
falei, soltando um sorrio e olhando aquele corpo nu parado na minha frente. Ele
estava de costas e meus olhos acompanharam todo o desenho de suas costas,
descendo até a curvatura de suas nádegas. Mordi o lábio ao perceber o quanto
eram perfeitas e soltei um sorriso com aquele pensamento. Me deu vontade de apertá-las,
mordê-las. Logo ele se virou de frente pra mim e me fez separar os lábios com o
susto que a visão me proporcionou. Era... Diferente vê-lo daquele jeito ali tão
próximo, e era um tanto desconfortável. Desviei o olhar para o seu rosto, mas
ele já tinha notado e estava com um riso grande.
-
Vergonha? – Ele veio caminhando e sentou ao meu lado na cama – É sério que você
está com vergonha? – Ele ainda sorria.
-
Eu? Com vergonha? Pfff... – Eu dei de ombros, tentando parecer descolada, mas
ele ainda ria. Meu rosto devia me denunciar por completo, eu devia estar
corada.
-
Você me intriga, Annabeth! – Ele soltou, pegando em meu rosto e acariciando
levemente minha bochecha, fazendo-me olhar para ele.
-
Por quê? – Eu perguntei, realmente sem entender.
-
Parece que não liga pra nada e que já viu de tudo andando com aqueles...
Rebeldes – Ele deu ênfase na última palavra e eu ri comigo mesma. Ele continuou – Maquiagem pesada, grudada
naquele garoto pelo corredor como se estivesse em casa, usando drogas... – Ele
tinha começado a alterar a voz, mas respirou fundo antes de prosseguir – E
ainda assim cora pelo simples fato de me ver nu... – Ele sorriu.
-
Mas Josh... – Eu ia tentar responder, mas ele me interrompeu:
-
Não creio que você seja tão pudica assim... Acabamos de transar! – Ele ria e
deitou do jeito que estava, na minha cama, com as costas no colchão.
Esforcei-me para não encarar aquele corpo estendido. Era informação – e
tentação – demais para o meu cérebro. Na minha cabeça eu ainda buscava uma
explicação para o acontecido, mas percebi que eu não precisava explicar nada.
-
Deixe-me com meu jeito, Joshua! – Eu falei, deitando ao seu lado – Eu tenho o
direito de corar com o que eu bem entender.
-
Wow – Ele riu, e apoiou o cotovelo no colchão, deixando a cabeça repousar sobre
sua mão. – E com o quê mais você cora, hein? – Ele disse rindo, se aproximando
de mim. Senti suas mãos se levantando e eu já sabia o que ele iria fazer. – Com
isso? – E num piscar de olhos ele começou com cócegas frenéticas que pareciam
que não iam acabar nunca! – Eu já estava sem ar e me debatia como um peixe fora
d’água, berrando para que ele parasse, mas aquilo parecia que só o fazia
aumentar a intensidade da brincadeira. Meu rosto vermelho, meu corpo tremia. Eu
acho que ele percebeu e finalmente foi parando, quando já estava por cima de
mim e tinha seus olhos nos meus. Quando ele parou por completo, eu estava
arfando, buscando o ar que me faltava e percebi seus olhos nos meus. Depois do
primeiro contato, não consegui desgrudá-los. Ficamos um bom tempo nos
encarando, apenas isso. Ele levou uma das mãos ao meu rosto, tirando o cabelo
da frente dos meus olhos e acariciando levemente minha bochecha. Ele não
expressava nada em seu rosto e eu muito menos. Apenas respirávamos, o silêncio da
casa tomando conta de tudo. Até que ele começou a se aproximar e eu fechei meus
olhos. O encontro de nossos lábios fez com que meu corpo estremecesse e aos
poucos fui abrindo os meus, dando passagem para o beijo. Era calmo, era bom,
fazia com que cada parte do meu corpo vibrasse em contato com o dele.
Eu
o senti se encaixar melhor em cima do meu corpo e separei um pouco as pernas,
para que ele o fizesse com mais facilidade. E ele realmente o fez:
posicionando-se entre elas, eu senti seu membro me invadir mais uma vez só que
dessa vez muito lentamente, no mesmo ritmo do beijo. A sensação era
indescritível, torturante e ao mesmo tempo inesquecível. Suas mãos desceram
para a minha cintura e forçavam meu corpo no dele timidamente, os nossos lábios
não se separavam um segundo sequer. Eu podia sentir cada centímetro de Josh
entrando e saindo de mim com a maior calma do mundo e quando percebi tínhamos
parado de nos beijar. Encarávamos-nos apenas, ele passava os olhos por todo meu
rosto, como que o estudando. Eu não conseguia me controlar e piscava os olhos
com certa lentidão em alguns momentos, mas eu não conseguia deixar e ter alguma
visão de seus belos globos esverdeados. Segurei em sua nuca e comecei a
acariciá-la, enquanto ele continuava a se mover e dessa vez aumentava os
movimentos. Soltei um gemido involuntariamente e ele esboçou um sorriso.
Ajeitou-se mais em cima de mim e começou a se mover, ainda devagar, porém com
mais força. Vi Josh separar os lábios enquanto se concentrava e se movimentar
em cima de mim, aos poucos ele começou a soltar gemidos baixos e espaçados, bem
discretos.
As
mãos dele saíram da minha cintura e foram para os lençóis na cama, apertando-os
com força enquanto continuava a se movimentar. Eu continuava com as mãos na sua
nuca, porém com o tempo desci uma pras suas costas e comecei a apertá-las. Meu
corpo começava a estremecer, eu sentia minhas mãos começarem a suar. Com os
movimentos ficando mais fortes e mais algumas estocadas, senti Josh levantar um
pouco o corpo e gemer rouco em cima de mim. Seu líquido me preenchendo, mais
uma vez, senti que também estava mais molhada do que o esperado.
Alguns
segundos depois ele saiu de cima de mim, me cobrindo com um lençol e deixando
apenas uma das mãos sobre a minha barriga. Ficamos um bom tempo em silêncio, e
eu não sei quanto a ele, mas adormeci por um bom tempo. Quando acordei, ele
ainda tinha a mão no mesmo lugar onde havia deixado e eu tentei me mover para
sair da cama. Precisava ir ao banheiro. Quando tentava colocar os pés para fora
da cama, ele me puxou com força, fazendo com que nossos corpos grudassem um no
outro. Eu sorri.
-
Aonde você vai? – Ele disse, com os olhos fechados. Mordi meu lábio novamente,
ele parecia incrivelmente bonito com a expressão cansada.
-
Eu só ia ao banheiro! – Eu disse, não me controlando e passando a mão pelo seu
rosto. Ele suspirou e abriu um sorriso fraco, me deixando sair.
Corri
direto para o banheiro. Não pela vontade de fazer algum tipo de necessidade
básica, mas porque eu precisava molhar um pouco o rosto e ver o meu estrago.
Entrei e ascendi a luz, indo direto para o espelho. O cabelo bagunçado e o
rosto parecendo um tanto cansado, mas algo que eu não conseguiria deixar de
notar era o ar feliz que irradiava de mim. Parecia que mesmo sem sorrir algum
tipo de alegria emanava de mim. Era visível, era quase palpável. Com os
pensamentos eu dei um sorriso de verdade, me olhando no espelho e comecei a
perceber que aquele ar meio acabado talvez me deixasse realmente sexy. Olhei
para os cabelos e mordi o lábio inferior, ainda olhando para o espelho. Joguei
grande parte dos fios para um lado só, deixando a franja cair em camadas sobre
meu olho e sorri como eu, olhando de fora, eu podia até ser um pouquinho
atraente em alguns momentos.
Um
pouco melhor por dentro, saí do banheiro do jeito que estava e caminhei até a
cama. As luzes da rua faziam a pouca iluminação do quarto e percebi que Josh me
encarava, com um meio sorriso nos lábios.
-
O que foi? – Eu perguntei com as mãos paradas na cintura.
-
Nada! – Ele sacudiu a cabeça, com um ar de riso. – Deita comigo de novo... –
Ele pediu e não tinha como eu dizer não. Continuei o pouco caminho que faltava
até a cama e me deitei ao seu lado, cobrindo-me com o lençol. Ele fez com que
eu me ajeitasse em seu peito e ali deixei minha cabeça descansar. Sentia a
respiração dele fazendo nossos corpos subirem e descerem juntos. Ficamos um
momento em silêncio, até que ele cortou.
-
Ann, me responde uma coisa? – O seu tom era preocupado e eu comecei a me preocupar
também. Por Deus, será que eu tinha feito algo de errado? Ou será que ele fez
algo de errado e se arrependeu, querendo me contar tudo? Ou será que ele se
arrependeu de tudo o que fizemos? Minha mente vagava longe, mas minha resposta
foi curta:
-
Claro... – E esperei que ele perguntasse.
-
Essa... Não foi sua primeira vez, foi? – Ele perguntou, receoso. Eu respirei,
não tão aliviada.
-
Não... Mas vocês garotos não conseguem saber isso? Sei lá, eu sempre achei... –
Eu terminaria se ele não começasse a falar junto comigo.
-
Pouco me importaria, eu só consegui prestar atenção em o quanto era bom te ter
em meus braços... Te sentir! – O comentário dele fez com que o silêncio se
instalasse novamente. Ficamos assim por poucos segundos e pela primeira vez foi
constrangedor.
-
Não... – Eu resolvi falar antes que acabássemos adormecendo novamente – Não foi
a minha primeira vez.
-
Hum. – Ele disse e o silêncio voltou a reinar. Eu já estava ficando chateada
porque o silêncio daquela conversa vinha me deixando deveras desconfortável. Eu
via a necessidade de cortá-lo, mas não fiz. Talvez ele quisesse o silêncio, eu
não seria uma chata que precisava falar toda hora.
-
Como foi? – Foi o que ele disse depois de alguns segundos.
-
Como foi o quê? – Eu sabia do que ele perguntava, mas precisava me certificar.
-
A sua primeira vez. Como e... Com quem? – Eu não ousaria levantar para
encará-lo enquanto ele falava. O tom da sua voz começou a fazer com que eu
sentisse até um pouco de medo. Ele me parecia um robô, repetindo coisas que ele
não queria dizer. Ainda receosa, resolvi responder.
-
Foi há dois anos... Com o Alex – Eu falei e agradeci mentalmente pelo quarto
estar escuro e não estarmos nos olhando.
-
Alex? – Ele perguntou e lembrei que ninguém o conhecia por aquele nome naquela
escola.
-
Stinky! – Tratei de corrigir. Senti que ele sorriu pelo movimento de seu corpo.
-
Então o nome dele é Alex? Por que Stinky? – Ele parecia querer desviar o
assunto e mais uma vez eu agradeci. Não gostava de me lembrar de certos
momentos.
-
Tem a ver com a razão pela qual ele foi expulso da última escola. – Eu sorri ao
lembrar – Ele fez o colégio inteiro ficar com mau cheiro, foi mais de uma
semana para limpar tudo. Ah, isso e outras coisas... – Eu suspirei ao fim da explicação
rápida. O corpo de Josh estava imóvel e eu não conseguia imaginar que reação
ele poderia estar tendo.
-
Então ele foi seu primeiro... – Ele falou. O assunto tinha voltado. Meu corpo
ficou rígido como uma pedra, até respirar me pesava.
-
Sim e talvez seja melhor mudarmos de assunto...
-
Não quer falar disso? – Ele retrucou – Por quê? Sabe que somos amigos...
Eu
fiz silêncio por um momento e ele tinha razão. Poderíamos falar de tudo, éramos
os melhores amigos ou pelo menos estávamos tentando ser – indo por um caminho
completamente desconhecido pra mim, mas...
-
Não era o que eu queria... – Eu comecei. – Não que tenha sido ruim, mas... Sabe
como são as meninas com essa história de primeira vez...
-
Mas você não é como as outras – Ele disse, e pela primeira vez senti seus olhos
me encararem. Ele tinha apoiado mais uma vez o cotovelo na cama e sua cabeça em
sua mão.
-
É! Eu não sou... – Sorri ao pensar que estava me contradizendo cada vez mais.
-
Pode falar... A não ser que seja muito difícil. – Ele me encarava com ternura o
que me fez confiar nele. Eu sempre soube que podia, mas parecia que naquela
hora ele se importava comigo.
-
Foi numa festa – Eu respirei fundo – Ele tinha bebido um pouco além da conta e
eu também. Eu fiz no impulso e foi... Bruto, ele não se preocupou se era a
minha primeira vez ou não... – Mordi meu lábio com a lembrança – Doeu muito, na
hora e depois... Depois não por eu ter tido a primeira vez, nem por ser ele,
só... Eu queria que tivesse sido diferente... – Não notei, mas já mexia nas
minhas próprias mãos – Eu sabia que pra ele não tinha sido especial, nem pra
mim... Foi só mais uma. - Baixei os olhos pros meus dedos que já se contorciam
uns com os outros – Mas eu não sou como todas as garotas, por isso eu segui em
frente e esqueci...
-
Vocês transaram de novo? – Ele nem esperou que respirasse, jogou a pergunta com
rapidez e eu tive que parar um segundo para assimilar.
-
Sim, algumas vezes... Nós nos tornamos meio que... Amantes – Eu abaixei a
cabeça mais uma vez, não queria que ele lê-se nos meus olhos o que eu estava
pensando. Às vezes eu me sentia extremamente decifrável com Josh. – Mas só com
ele... Não tive outros parceiros.
O
ar era pesado, eu nunca tinha contado aquilo para ninguém, eu sempre guardei
para mim mesma. Josh era a primeira pessoa para qual eu me abrira com aquele
acontecido dessa forma tão... Verdadeira. Ele continuava a me olhar, eu sentia,
e resolvi encará-lo. Ele não tinha expressão e isso me frustrava. Às vezes
parecia que eu não conseguia lê-lo como ele me lia.
-
Esquece isso então – Ele sussurrou, esperava algo mais alto, mas o tom de voz
dele fez o clima perfeito. Sua mão passou pelo meu rosto e desceu até meu
pescoço, pousando ali e me fazendo carinhos. – Finge que fui eu, ok? A sua
primeira vez... Você concorda?
Eu não precisei
responder para ele saber que sim. Foi quando senti uma luz mais forte começar a
invadir o quarto e percebi que o sol estava nascendo. Me virei para a janela e
Josh fez o mesmo, se encaixando de conchinha no meu corpo.
- Não sabia que já
era tão tarde... – Eu disse.
- Cedo! – Ele corrigiu e nós dois rimos da piada idiota.
E ficamos como dois
idiotas assistindo o sol subir tão devagar no céu, envoltos em nossos próprios
pensamentos. Eu não sei o que ele estava pensando, mas sempre saberia que eu
não conseguia parar de pensar em o quando eu queria que fosse verdade. Que essa
tivesse sido a minha primeira vez, porque essa foi exatamente da forma que eu
imaginei. Eu sabia que se Josh tivesse ficado por aqui seria com ele... Bem,
tudo indicava que sim. Nós cresceríamos e faríamos aquela espécie de pacto,
como foi com nosso primeiro beijo. Como fazíamos com as frutas das árvores do
parque, sempre provávamos os dois juntos pra saber se estavam boas. Teria sido
assim até hoje, experimentando o novo juntos, crescendo juntos. Aquilo até me
fazia sentir um pouco de raiva, novamente, por ele ter se mudado, mas quando
Josh me afagava com um cafuné na nuca, me fazia esquecer tudo o que tinha
acontecido e só me lembrar dos momentos bons.
Quando o sol já
estava firmado no céu, eu decidi que estava cansada de ficar – não nos braços
de Josh – naquela cama.
- Preciso tomar um
banho! – Eu falei e senti a risada abafada de Josh na minha nuca.
- Sabe que é uma
ótima ideia? – Ele disse e antes que eu pudesse gritar um “não” eu senti suas
mãos passarem pelo meu corpo e ele já estava de joelhos na cama, comigo no
colo. Ele tinha uma destreza incomparável para me segurar e quando vi, ele já
estava de pé a caminho do meu banheiro. A porta entreaberta, ele empurrou com
os pés e entrou comigo no local, fechando a porta e trancando, logo em seguida
me colocando no chão. Eu mordi meu lábio e, percebendo que já estávamos nus,
entrei no Box. Ele tinha uma banheira e um chuveiro, e sempre fora ótimo ter a
opção dos dois tipos de banho, ainda mais agora. Mas não fui eu que escolhi.
Josh
entrou no espaço minúsculo, abrindo o chuveiro com uma mão e me grudando na
parede com beijos no pescoço. Bati levemente com a cabeça no azulejo, mas não
liguei, era muito bom sentir os lábios de Josh me explorarem com aquela
vontade. Estava na ponta dos pés, sentindo a língua dele passar pelo meu
pescoço e respingos de água que batiam nas costas dele molharem a minha pele quente
da cama. As mãos dele foram direto aos meus seios, apertando-os com vontade
enquanto continuava a mover a boca em meu pescoço. Minhas mãos foram direto a
sua nuca, apertando seus cabelos molhados enquanto os gemidos escapavam da
minha boca involuntariamente. Os lábios de Josh, então, desceram pelo meu colo
e sem demora abocanharam meus seios, me fazendo curvar as costas, projetando
meu corpo para frente e me fazendo morder os lábios. Dessa vez ele já havia
começado com volúpia, mordendo e excitando os mamilos com os dentes e a língua.
Meu corpo todo se arrepiava. Eu apertava sua nuca como se não fosse aguentar e
fazia com que ele aumentasse a intensidade dos chupões, enquanto alternava de
um seio para o outro. Quando desci uma das mãos pelas suas costas, o senti
fazer o mesmo com a mão livre, descendo pela minha barriga e indo direto para a
minha região íntima.
Gemi
quando senti seus dedos em contato com a minha intimidade. Ele utilizava um só
e passava por toda ela, separando os lábios e fingindo que vai introduzi-lo,
porém não o faz. Como era torturante, e mais ainda, aquela brincadeira estava
me fazendo pensar em como seria a sua língua no lugar daqueles dedos. Até ter
minha imaginação cortada pelo dedo médio de Josh entrando com toda força na
minha região, fazendo com que eu gritasse. Ele sorria.
-
Adoro te ver assim... – Foi o que ele sussurrou e voltou a beijar meu pescoço
enquanto movia seu dedo, me fazendo afastar as pernas e perder as forças das
mesmas. Era uma delícia como ele conseguia movimentar um deles dentro de mim e
com o polegar me excitar mais ainda, por fora. Eu estava na ponta dos pés,
tentando me conter, mas os gemidos já saíam altos quando ele enfiou mais um
dedo, me fazendo jogar a cabeça ainda mais pra trás e me contorcer na sua mão.
Comecei a sentia a água molhar o meu corpo e comecei a me movimentar
inconscientemente naqueles dedos mágicos. Alguns momentos depois, ele parou e
começou a me encarar. Ele sorria, pois eu provavelmente estava com os cabelos
meio molhados e a expressão de êxtase.
-
Você não vai parar agora – Eu disse, puxando-o pra mim, colocando um braço em
cada lado de seu ombro para servirem como apoio. Sem pensar duas vezes, eu
pulei direto em seu colo e segurei com as duas pernas em seu tronco. Posição
perfeita. Ele segurou com firmeza em meus glúteos, posicionou seu membro e
penetrou mais uma vez, com força. Eu gemi alto, tombando a cabeça pra trás e
ele me encostou na parede novamente. Com suas mãos me movendo, ele me fazia
subir e descer com destreza e seus olhos não saíam de mim. Minhas mãos voltaram
ao seu cabelo e eu comecei a gemer para ele, com os olhos bem abertos, querendo
ver cada reação. Nos encarávamos daquele jeito, ele entrando e saindo de mim
numa velocidade relevante, minhas costas arrastando na parede molhada. Eu podia
ouvir o som de tudo, misturados ao meus gemidos e ao arfar dele.
-
Adoro que você olhe pra mim – Ele disse, e eu sorri, mordendo o canto da boca.
Ele jogou a cabeça pra trás, ainda se movimento, com um sorriso safado no rosto
– Não faz isso, minha linda... – Ele dizia, enquanto voltava com o olhar para o
meu. Eu sorri entre um gemido e outro – Pensando bem, faz de novo? – Ele agora
sorriu de canto e eu respondi ao seu pedido, repetindo. Foi aí que ele soltou o
ar de verdade – Você me enlouquece, Ann... – E começou a se movimentar mais
rápido ainda. Minhas mãos apertavam com força agora, seus cabelos, paradas em
só um lugar. Eu não conseguia ter reações, então fechei os olhos e trouxe o
rosto dele para o meu pescoço. Agora ele ofegava na minha orelha o que me fazia
gemer mais grudada em seu ouvido, coisa que o estimulava muito. Minhas costas
na parede, meus seios no peito dele, eu sentia a água escorrer pelos nossos
corpos e aquele banheiro já estava absurdamente quente. Eu já não sabia o que
eram gotas do chuveiro ou de suor, eu só queria senti-lo, movendo-se dentro de
mim. Até que ele apertou minhas nádegas e o senti forçar sua pélvis contra mim.
Foi o máximo para que eu conseguisse perder os sentidos por alguns segundos e
também senti-lo, mais uma vez, se derramar dentro de mim. Estávamos cansados,
pois não saímos daquela posição quando acabamos. Ficamos um bom tempo ali,
apenas abraçados, e eu nem faço ideia de quanto tempo foi. Quando resolvemos
nos mexer, ele afastou seu rosto do meu e me deu um selinho demorado. Era como
se o mundo fosse abafado com o som de nós dois, nos amando no banheiro do meu
quarto. Porém nem todo amor do mundo foi suficiente para abafar o som de uma
porta sendo aberta e de passos se aproximando.
-
Ann, você está aí?
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